quarta-feira, 21 de novembro de 2012

No Dia da Consciência Negra, PDT filia líderes do Movimento Negro baiano


Na noite desta terça-feira, 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, o PDT estadual realizou um evento para discutir a participação do negro na construção do Brasil e aproveitou para filiar líderes do movimento na Bahia.

Durante o evento, que contou com a participação da militância de Salvador e da Ilha de Itaparica, o partido recebeu a filiação de importantes lideranças do Movimento Negro baiano. Filiaram-se ao PDT o presidente da União dos Negros em Movimento - UNEM, jornalista Nilton Manoel Nascimento, o vice Roberto Santos Rodrigues, além do jornalista Aguinaldo Joaquim Santana.

O presidente estadual do PDT, Alexandre Brust, que comandou a reunião, destacou a importância dos novos filiados para o fortalecimento do Movimento Negro e do partido na Bahia, considerado por ele como “quadros qualificados cultural e politicamente”. Brust disse ainda que o enfoque da Lei dos dois terços, feita pelo palestrante Nilton Manoel Nascimento, “é um feito importante do Trabalhismo que precisa ser mais divulgado”.

O evento contou ainda com a participação da professora Marlilda Barbuda, da presidente da AMT, Marcia Gullias, do presidente do MAPI- BA, Alderico Sena, da ex-secretaria municipal Maria Alice, e de Gileno Cardoso, fundador da SMN/PDT, além de Desidério Melo.

Palestra
Como pauta do evento, uma palestra proferida pelo professor e jornalista Nilton Manoel Nascimento discorreu sobre a história do negro no Brasil e destacou a sua luta contra a escravidão, de Zumbi dos Palmares a José do Patrocínio.

Para o professor Nilton, o 13 de Maio tem tanta importância quanto o 20 de Novembro para a história do negro brasileiro. Para ele, visto sem anacronismo, a assinatura da Lei Áurea, que libertou os escravos sem lhes garantir cidadania, foi um marco revolucionário. “É preciso entender o poder que tinham os fazendeiros naquela época, pois significou a mudança de um sistema de governo. Contrariados com a aprovação da Lei os “coronéis”, expulsaram D. Pedro II e a sua família do Brasil e proclamaram a República sem enfrentar qualquer tipo de resistência”, pontuou.

A lei dos dois terços
O professor registrou que, somente com o Decreto-Lei, conhecido como lei dos terços, assinado por Getúlio Vargas, em 1930, é que houve a abolição de fato. “Até então, a maioria esmagadora da mão de obra brasileira era de imigrantes europeus. A teoria do embranquecimento disseminado no Brasil por Nina Rodrigues dava suporte para que os empresários importassem trabalhadores brancos estrangeiros em detrimento dos negros, que eram considerados indolentes e preguiçosos. Getúlio e o trabalhismo puseram fim a essa aberração”.

Do Portal Interior da Bahia, com informações do Professor Desiderio

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