segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mais de 100 prefeituras de Pernambuco facham as portas nesta segunda-feira


As prefeituras do estado de Pernambuco iniciam nesta segunda-feira (12) uma paralisação que vai até a próxima sexta-feira (16) para pressionar a presidente Dilma Rousseff a manter a partilha dos royalties do petróleo, nos moldes do projeto aprovado na última terça, na Câmara.

Os gestores não escondem também a irritação por causa da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A paralisação foi discutida na ultima sexta-feira (8) durante um encontro de prefeitos.

O evento liderado pela Associação Municipalista de Pernambuco e pelo Consórcio dos municípios da Mata Norte e Agreste de Pernambuco, eles também criticaram a presidente pela prorrogação da redução do IPI e, consequentemente, o arrocho sobre o FPM. De acordo com os prefeitos, o incentivo ao setor automobilístico, feito pelo governo federal, beneficia os municípios do Sul e Sudeste, mas, no Nordeste, estimula o desemprego.

Para driblar a crise e continuar dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, as prefeituras apertaram o cinto, demitindo parte dos cargos comissionados e suspendendo alguns serviços públicos. “Exoneramos cerca de 80% dos comissionados. Também suspendemos alguns atendimentos ambulatoriais a exemplo de especialidades como odontologia. De 12 gabinetes odontológicos, só não suspendemos quatro”, afirmou o prefeito de Aliança e presidente do Comanas, Azoka Gouveia.

Em Nazaré da Mata, a situação é semelhante. De acordo com o prefeito Nado Coutinho (PTB), o município teve 15% de queda na arrecadação. Ele também defende que Dilma tenha um olhar diferenciado para o Nordeste.

Estiagem
Os gestores cobraram ainda recursos e ações para o problema da estiagem, a pior em 30 anos. “A presidente tem que vir aqui e pisar na lama. Se for esperar a legalidade e burocracia não vai haver solução. Dilma só manda recurso para carros-pipa e mais nada”, disparou o prefeito de Palmeirina, Eudson Catão.

Ele defende que haja um comitê para dar prioridade às soluções para a crise. De acordo com a prefeita de Jupi, Jucelina Brito, já foi decretado situação de emergência na cidade por causa do seca.

“Estamos dando nó em pingo d’água. Nós temos um solo com boa vazão mais não temos condições de fazer adutoras”, disse Brito. Ela teme que as fábrica de farinha de mandioca, que dá sustento a pelo menos quinhentas famílias, feche. (Informações do Diário de Pernambuco).

Do Portal Interior da Bahia

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