sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ex-funcionária da Caixa visita túmulo do marido praticamente todos os dias desde que foi sepultado


A ex-funcionaria da Caixa Econômica,agência de Conceição do Coité, hoje aposentada Juçara Silveira Oliveira, 53 anos, moradora da Rua Professor Sizenando Ferreira de Souza, garante que não é preciso datas específicas para visitar o túmulo do marido Mário Raimundo da Silva Oliveira, que também trabalhava na Caixa e estava na ativa quando depois de rodar bicicleta praticando exercícios físicos, ao chegar na garagem de casa, sofreu infarto fulminante e faleceu na manhã de 04 de março de 2009, aos 50 anos.


Segundo Juçara, nunca ficou um só dia sem visitar a sepultura onde ela limpa e faz ornamentações alegres que chega a confortá-la, ou melhor, três datas ela não comparece durante o ano desde 05 de março de 2009, todas por um motivo que ela considera muito justo:Três viagens a cidade de Santana, no Oeste da Bahia, 900 km de Conceição do Coité, cidade natal de Mário. 

”vou pra lá no natal, no carnaval porque é a mesma data de aniversário da mãe de Mário e na Festa da Padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mas a cova de Mário não fica desassistida, quando saio, meu filho adotivo Ricardo França, faz o meu papel de visitar o túmulo, molhar a grama e organizar tudo que for preciso".  



A convivência do casal era muito próxima até a morte de Mário, pois o contato podia dizer acontecia 24horas por dia, saiam para trabalhar e retornavam juntos para casa, Juçara resolveu dá “continuidade a relação” mesmo em planos diferentes.

Tenho um compromisso de enquanto estiver aqui na terra não deixar Mário ‘cair’ no esquecimento, era uma pessoa boa e amiga e a população precisa saber que foi essa pessoa,”.


Juçara manda colocar frequentemente faixas na frente do cemitério com mensagens direcionadas ao esposo. Ainda de acordo com a aposentada, já está combinado com Ricardo, caso ela deixe esse mundo primeiro, que ele permaneça zelando da sepultura de Mário e posteriormente dela também.  

A aposentada disse ao CN que embora faça tudo isso no cemitério se sinta bem, não acredita que o espírito dele esteja por lá, mas contou com convicção que Mário evitou sua morte quando ela retornava de Aracaju com suas filhas e um netinho e já chegando em Coité capotou o veículo Fiat Uno. “No momento que eu ia virar, eu ouvir Mário dizer puxe o volante para a direita, isso eu fiz, depois observando o local, se eu manobrasse  para o lado contrário poderia ter morrido”, contou Juçara.

 Por: Raimundo Mascarenhas * texto e fotos (Calila Notícias)

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