terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rapidinhas: Eleição em Riachão, guerra de pesquisas e o resgate da cidadania


Com o fim das eleições municipais, é hora de se fazer uma reflexão sobre os erros e acertos da campanha. Nestas Rapidinhas, um olhar sobre as eleições em Riachão do Jacuípe  que produziram várias polêmicas, como a guerra das pesquisas eleitorais.

Confira abaixo algumas notas, conforme informações das ruas, ou evidências à luz de todos:   

Pesquisas
O fim da eleição traz ressaca, dívidas e arrependimentos. Mas serve também para desmascarar mentiras, sustentadas como "verdades" durante toda a campanha. Uma delas é o caso das pesquisas, que alguns candidatos, aliados a alguns institutos fajutos, teimam em manipular os dados. E boa parte do eleitor vive uma histeria temporária, sustentado numa mentira repetida várias vezes, que acaba virando uma ilusória verdade. No abrir das urnas, contudo, o pano cai. 

Toque errado
Em Riachão do Jacuípe  a candidata do PCdoB, Gleide Marcia, quando ainda se especulava quais seriam os candidatos, mostrando seu despreparo, disse a uma pessoa que lhe aconselhara ser vice de Tânia Matos, que ela é quem tinha que ser a candidata, porque era médica. Ou o interlocutor não se lembrou da falar ou ela não se atinou que em politica a banda toca não é por aí. 

Vaidade
Alias, um registro oportuno: a candidata do PCdoB também dizia em alto e bom som, sem humildade, que tudo que quis ser na vida tinha conseguido: ser médica, ter um carro importado e que também iria ser prefeita de Riachão. Ou seja, após o resultado das urnas, viu-se que nem sempre a vaidade prevalece.

Alma lavada
O vereador Nem de Aureliano (PDT) está de alma lavada. Após ser perseguido e abandonado na eleição de 2008, rompeu com o prefeito Lauro Falcão. Nem era aliado do prefeito, mas, por não concordar com irregularidades no seu governo, virou um crítico e, depois, adversário. Na oposição, o neopedetista recuperou todos os votos perdidos na eleição passada e ampliou a sua votação agora em 2012. E só não foi o mais votado porque o vereador Carlos Matos cresceu na reta final.

Chapada
Apesar de ter o vereador Carlos Matos como representante, alguns moradores de Chapada sentem por não ter elegido um filho do povoado para a Câmara Municipal, como Barreiros, que elegeu dois. No dia da caminhada da prefeita eleita Tânia Matos, uma moradora exibiu um cartaz com os dizeres: “Vergonha! Chapada não elegeu um vereador”. O caso é para ser refletido entre os moradores e lideranças da localidade, que apresentou vários filhos candidatos, mas não logrou êxito. 

Vira-folha
Pelo visto, a prefeita eleita Tânia Matos (PDT), que obteve 11.222 votos na eleição, chegará a 15 mil brevemente. É que oportunistas já começaram a assumir o papel de vira-folha. Dizem que tem um que botou bandeira e fez versos para o 65, mas assim que o resultado das urnas foi divulgado, tirou a bandeira vermelha do telhado de sua casa e botou uma do 12. Pelo visto, não vai colar.

Boka na rua I
O caso do vereador Boka também é bastante curioso. Diz de pés juntos que votou em Tânia e ainda pediu votos para ela. Esta semana esteve na Rádio Jacuípe concedendo entrevista, fazendo pouco caso do prefeito Lauro Falcão, até outro dia o seu guro politico e com elogios à prefeita eleita pelo PDT. Mas, nas ruas da cidades, as pessoas lembram que a cinco dias para a eleição, no comício do Alto do Cruzeiro, o vereador discursou e levantou a bola do prefeito.   

Boka na rua II
Aliás, alguém se lembra que o vereador Boka, em julho, anunciou rompimento com o prefeito e que passaria a apoiar a candidata Tânia Matos? Ele esteve na mesma Rádio Jacuípe  ocupou espaço no programa Aquarela Jacuipense e disse que a partir daquele dia estaria com Tânia. Um dia depois, recebeu visitas de várias lideranças e do próprio prefeito em sua residência e, misteriosamente, silenciou sobre tudo que dissera na emissora e permaneceu no palanque de Gleide, com o prefeito.

Fogueira acesa
Nesta eleição, a população jacuipense mostrou determinação, algo que lembra os grandes momentos de exercício de cidadania deste país. Com fogueiras acesas, jovens, homens e mulheres vararam as madrugadas na vigília contra a compra de votos. É algo de arrepiar os cabelos, de orgulho e de esperança. Sem lembrar que, como nas grandes lutas, um jovem foi assassinado barbaramente, sacrificando a sua vida e o seu sangue derramado em nome da grande causa.

Por Evandro Matos (Portal Interior da Bahia)

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