sábado, 15 de setembro de 2012

"Igreja Católica ataca Universal e chefe da campanha de Russomanno"


A três semanas da eleição, a Igreja Católica fez ontem um duro ataque à campanha de Celso Russomanno e à Igreja Universal do Reino de Deus insinuando que eventual vitória do candidato do PRB representa uma ameaça à democracia.

Russomanno lidera as pesquisas de intenção de voto para prefeito de São Paulo e tem o apoio da Universal, que é ligada ao PRB. Em nota, a Arquidiocese de São Paulo ressalta o vínculo do candidato com a igreja neopentecostal, que acusa de incitar a intolerância religiosa, e expõe preocupação com sua possível eleição.

"Se já fomentam discórdia, ataques e ofensas sem o poder, o que esperar se o conquistarem pelo voto? É para pensar", diz a nota assinada pela arquidiocese, que é comandada pelo cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo.

A nota acusa o bispo da Universal Marcos Pereira, que é presidente do PRB e chefia a campanha de Russomanno, de disseminar posições "ridículas, confusas e desrespeitosas" sobre os católicos.

Ela é uma resposta a texto que Pereira publicou em maio de 2011 em seu blog e que voltou a circular recentemente nas redes sociais. No artigo, o presidente do PRB vincula a Igreja Católica à proposta de distribuição do chamado "kit gay".

Idealizado na gestão de Fernando Haddad (PT) - hoje também candidato a prefeito de São Paulo - no Ministério da Educação, o tema despertou reações negativas de evangélicos, o que levou a a presidente Dilma Rousseff a determinar sua suspensão. O "kit gay" tinha o objetivo de combater a homofobia nas salas de aula com vídeos e material didático. O texto de Pereira tem sido vinculado, nas redes sociais, à campanha de Russomanno. A arquidiocese disse que só agora conheceu o seu teor.

"Estamos vivendo a política da catequização da Igreja de Roma. (…) Dias de absurdos e depravações. Dias em que filhos e netos chegam à escola e recebem 'kits' distribuídos pelos próprios professores lhes ensinando como serem gays ou como optarem por serem gays", diz Pereira no artigo de 2011.

"Precisamos salvar o Brasil e torná-lo um país verdadeiramente laico, completamente livre da influência da religião", conclui o bispo. A Arquidiocese classificou o texto de Pereira como "destempero". "Atribuir o malfadado 'kit gay' e os males da educação no Brasil à Igreja Católica não faz sentido e cheira a intolerância."

(…)
Do Portal Interior da Bahia/Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

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