terça-feira, 4 de outubro de 2011

Correios e trabalhadores fecham acordo no TST e greve pode acabar


Correios e grevistas fecharam no final da tarde dessa terça-feira um acordo que pode pôr fim à greve dos funcionários da estatal, que já dura 21 dias.

Depois de quase quatro horas de negociação, mediadas pela ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, os trabalhadores aceitaram a proposta dos Correios de concessão de reajuste de 6,87% a partir de 1º de agosto e aumento linear de R$ 80 a partir de 1º de outubro.  

Na prática, o impacto total na base salarial da categoria será de 16,78% a partir de outubro, o que representa um aumento real de 9,9%. Os Correios também oferecerão aos trabalhadores um seguro medicamento, que dará direito à compra de remédios com desconto e ressarcimento do valor gasto com medicamentos, entre outros benefícios. O valor do reembolso ainda não foi fechado.  

Em relação ao desconto dos dias parados, o ponto mais crítico das negociações, os Correios fizeram a concessão de não descontar 15 dos 21 dias de duração da greve. A estatal, porém, não abriu mão dos seis dias já descontados na folha de pagamento de setembro, mas aceitou a proposta da ministra de que os valores descontados sejam devolvidos rapidamente, em folha suplementar, em prazo de até cinco dias úteis após o retorno ao trabalho.  

Os grevistas, no entanto, não ficaram imunes à cobranças desses seis dias. O valor será efetivamente cobrados em 12 parcelas sobre os salários, mas somente a partir de janeiro.  

Como esse parcelamento, que representa o desconto de meio dia de trabalho por mês durante os 12 meses de 2012, incide sobre o salário com os reajustes estabelecidos e afeta inclusive a data base da categoria do ano que vem, que é em agosto, vai ficar a critério de cada trabalhador manter o desconto já realizado ou aderir ao parcelamento. 

Os atrasos de correspondências já somam 136 milhões de objetos, o que representa três a quatro dias de carga postal. O porcentual de trabalhadores que aderiram à paralisação mantém-se em 20%, segundo a estatal. Informações da Agencia Estado. 

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