quarta-feira, 27 de julho de 2011

Após sequestro, filha de empresário já está em casa, em Sto Antônio de Jesus


Depois de passar 65 dias em poder de seqüestradores, Layse Borges, 26 anos, filha do empresário Nilson Borges, já está com familiares.


A jovem foi liberada pelos bandidos por volta 23h da última segunda-feira (25), na Avenida Barros Reis, próximo a Rótula do Abacaxi. Nilson Borges é proprietário da rede atacadista Codical, com sede em Santo Antônio de Jesus.

A Secretaria de Segurança Pública não divulgou informações sobre o caso, mais fontes ligadas à polícia confirmaram a participação de oito homens. Segundo as mesmas fontes, a quadrilha tem dois baianos, dois cearenses e quatro paulistas. Eles receberam R$ 500 mil pelo resgate, duas horas antes de libertarem Layse. Dois homens recolheram o dinheiro na zona rural de Conceição do Almeida.

Um policial chegou a vir de São Paulo para auxiliar nas negociações e na investigação, que teve 60 escutas telefônicas autorizadas pela justiça. O tio de Layse, o desembargador Josevando Andrade, corregedor regional eleitoral, contou que a exigência inicial era de R$ 8 milhões.

“Foram 65 dias de sofrimento. Layse ficou todo esse tempo em um quarto no chão de cimento batido, sem direito de sequer tomar um banho”, lembrou Andrade. O magistrado relatou que a sobrinha disse ter sido bem tratada e bem alimentada no cativeiro.

“Ela manteve o equilíbrio e até o homem responsável pelo cativeiro passou a protegê-la dos demais. Layse foi levada ao local vendada e tirada de lá da mesma forma. Esses homens são especialistas em seqüestros, são perigosos. Vou pessoalmente pedir ao governador que mantenha a polícia no caso, para eles serem presos. Outras famílias podem ser vítimas deles”, alertou.

Formada em direito, Layse trabalhava em uma filial da empresa do pai, no Portoseco Pirajá, próximo a BR-324. Foi na saída do local que a jovem acabou rendida pelos seqüestradores, na noite do dia 23 de maio.

Layse recebeu dinheiro dos bandidos para tomar um taxi e voltar para casa na região da Pituba. “Agora vamos ter de cuidar da parte psicológica dela e da família, estão todos traumatizados”, desabafou o juiz. Informações do jornal A Tarde. 

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