quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O Bahia de 1973 a 1979 era heptacampeão

Pura emoção de ir a Fonte! Eu vi todos eles jogarem no Esquadrão e marcar a vida de qualquer torcedor de futebol. 

Eles não eram apenas jogadores, grifes e salários! Era amor de verdade. 

O Bahia tinha uma mística, um jeito e a cara do povo da Bahia. Era ir a Fonte para ver Douglas, Beijoca, Sapatão e cia. impor aos outros times temor reverencial. 

 Esse tipo de sentimento que inspira temor reverencial vocês tem quando vão no Vaticano ou estão em companhia de gênios. 

No Bahia você tinha um time que representava essa alegria de jogar futebol e um respeito dos outros times que ouviam falar do heptacampeão baiano. Eles inspiravam paixão quando vestiam o manto tricolor numa sensação de que eram imbatíveis.

Não existia time que não tremesse! O arquirrival do Bahia era o Flamengo, nosso freguês.

Qual o clube no Brasil que tem uma identidade como a do Bahia? Ser heptacampeão é melhor que ser campeão do mundo.

Principalmente por causa desse hepta e de jogadores como Sapatão, Baiaco, Douglas e Beijoca se misturam gente do povo e gente rica, o povo da Bahia, políticos e artistas, numa febre que não distinguimos classe, apenas vislumbramos o êxtase.

O estado da Bahia era uma sinfônica quando os jogadores do Bahia entravam. Estavam na nossa memória, desejo de ser jogador do Bahia e poder reverenciá-los. 

Todos sabíamos nossos lugares, time e torcida, numa sincronia entre um e outro, torcedor e jogador, que ao falar do Bahia estávamos a cantar e dizer o orgulho de ser da Bahia.

Eles entendiam isso. Sabiam que representavam uma identidade que perpassava a existência mortal dos homens. 


Bahia heptacampeão baiano! Despedida também de Zezé Moreira do futebol como técnico de futebol.

         
Do Portal Futebol Bahiano

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