quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Depois de 17 dias da morte, corpo de padre é sepultado em Coité

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Foi sepultado no fim da tarde desta quinta-feira,28, no cemitério Recanto da Saudade (cemitério novo) em Conceição do Coité. o corpo do padre Egionor Oliveira Cunha, que morreu no dia 11 de janeiro, no Estado de Nova Jersey – Estados Unidos, vítima de complicações do diabetes, ele que atuava como vigário de uma paróquia do referido estado americano e também como padre ‘Capelão’ das Forças Armadas Americanas, tendo celebrado missas para os combatentes durante guerras e outras missões.
Sepultamento do corpo de Padre Egionor Cunha - Foto - Raimundo Mascarenhas (39)

Centenas de amigos e familiares de Conceição do Coité e Valente, já que era natural do Distrito de Valilândia, compareceram para o sepultamento e mesmo com 17 dias de morto o caixão pôde ser aberto e as pessoas tocaram no corpo que mais parecia de uma pessoa que morreu a menos de 24h.
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O caixão chegou ao cemitério por volta das 17h30 e antes de descer a sepultura teve a benção do padre Gildivan de Oliveira, ele disse ao CN que para a igreja é um momento de solidariedade com a família e amigos do padre Egionor, “então rezamos para que Deus possa abençoar sua alma no paraíso eterno, e nós, para que continuemos caminhando aqui na terra. Ele cumpriu a sua missão, embora tenha partido muito cedo, mas como São Paulo diz: combati o bom combate, guardei a fé e completei minha carreira”. Afirmou o vigário recém empossado na paróquia de Coité.
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Vilelson (E) e Carlos Neves acompanharam a trajetória de Egionor na escola, no trabalho e na vida religiosa.
Duas pessoas que conheceram de perto padre Egionor lamentaram a perda do religioso de forma precoce, pois morreu aos 53 anos. Contemporâneo do padre, o poeta e escritor Carlos Neves fez questão de participar do adeus ao amigo de infância e colega de escola. Enquanto o caixão descia a sepultura, ele lembrou dos momentos vividos com Egionor nos anos oitenta do século passado, disse que era uma pessoa muito prudente, estudiosa e muito inteligente e o chamava de matemático pela grande habilidade com os números, “contador de piada, vivia muito bem humorado, a gente estudava no Polivalente, na ocasião eu fazia a sexta série e ele a quinta, e depois fomos trabalhar juntos no supermercado de Paulo Pinto, depois disso tomou o rumo de estudar em seminário e tornou-se um excelente sacerdote, com uma trajetória riquíssima”. Lembrou Neves.

Foto arquivo. Egionor após ordenação, isto a cerca de 27 anos.
Foto arquivo. Egionor após ordenação, isto a cerca de 27 anos.
Primo do padre, o contador Vilelson Ramos, atualmente reside em Salvador, disse que padre Gil como o tratava tinha uma alegria muito grande e prazer imenso de ajudar as pessoas, e o que ele fez na terra foi dádiva de Deus.” Ele mostrou seu lado humano quando andou quase que o mundo todo, principalmente onde tinha terremoto, guerra com a missão de ajudar. Ele me contava que saía no meio do mato comandando a tropa para ajudar a pessoas, levar alimento, médicos, enfim, ele teve uma trajetória na terra de muita dedicação, Deus o chamou no momento muito curto, ele tinha o que dá mais, mas é como diz a palavra do nosso senhor Jesus Cristo: Deus é quem manda nas nossas vidas, então quando ele chama a gente tem que ir. Lamentou mas entendeu que mesmo aos 53 anos Gil cumpriu grande missão.

Antes do sepultamento bispo Diocesano celebrou missa de corpo presente na igreja matriz com a presença de muitos amigos da sua faixa etária.
Sepultamento do corpo de Padre Egionor Cunha - Foto - Raimundo Mascarenhas (8)
O padre Gildivan disse que inicialmente a missa seria celebrada por ele, devido a ausência do padre administrador Everaldo por motivo de viajem, mas entendeu que nada mais justo que o bispo da Diocese realizar a celebração, fez o convite e Dom Ottorino prontamente atendeu, e o ato religioso contou também com a presença do padre Alexandre atualmente na Paróquia de Santaluzia, em Santaluz, e seminaristas.


Do Portal CN

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