sexta-feira, 22 de março de 2013

Reeleito presidente do PDT, Carlos Lupi não garante apoio a Dilma em 2014


Reeleito nesta sexta-feira (22) presidente nacional do PDT, na convenção realizada em Luziânia (GO), Carlos Lupi não garantiu apoio imediato à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.

"Temos proximidade muito grande, mas vamos ficar sempre ou com candidatura própria ou com que a represente essas conquistas [na área trabalhista]", disse Lupi, após eleição ocorrida nesta sexta-feira (22).

O discurso foi endossado pelo novo ministro Manoel Dias (Trabalho), também reconduzido à secretaria-geral da legenda. "Em 2014 é uma outra eleição. É outra discussão que o partido vai fazer a partir do nosso congresso em agosto", disse Dias.

Segundo o vice-presidente da sigla e líder da bancada na Câmara, o deputado André Figueiredo (CE), a eleição do próximo ano é um "outro momento". "Nosso compromisso é fazer um grande 2013 com a presidente Dilma."

Reeleito
Fortalecido pelo apoio de Dilma, Lupi vai ficar na presidência do PDT por mais dois anos. O ex-ministro está à frente da legenda desde 2004 quando assumiu o comando do PDT com a morte de Leonel Brizola.

Na sexta-feira passada (15), Dilma demitiu Brizola Neto do Ministério do Trabalho para colocar Manoel Dias, ligado a Lupi. A decisão ajudou a isolar o grupo de Brizola Neto que ensaiou montar uma chapa para disputar a eleição interna.

O ex-ministro, no entanto, não teve o apoio mínimo de 30% dos participantes do encontro, o que impediu a candidatura, de acordo com as regras internas da sigla. Sem adversário, Lupi foi reeleito por aclamação. O nome da chapa de Lupi faz referência ao avô de seu adversário no partido: "Brizola Vive. Brizola sempre".

Brizola Neto não participou da convenção realizada na cidade de Luziânia (GO). Na véspera, ele ainda tentou cancelar o ato com uma ação na Justiça, mas a juíza Mara Silda Nunes de Almeida, da 17ª Vara Cível de Brasília, negou o pedido.

O confronto com o grupo de Lupi culminou na retirada do nome de Brizola Neto da Executiva do PDT. Ele foi substituído na segunda vice-presidência por Miguelina Vecchio.

Após eleito, Lupi citou indiretamente as brigas internas. "Não podemos ser pequenos para brigar e deixar que ofensas pessoais e agressões sejam maiores que a história do nosso partido", afirmou.

Lupi também fez críticas à imprensa. "Essa gente não irá perdoar a gente nunca. Lembro quando o Brizola morreu toda a mídia enterrou o PDT junto. Vão ter que aturar a gente muitos anos", afirmou.

Manifesto
No encontro, os senadores Pedro Taques (MT) e Cristovam Buarque (DF) e o deputado José Antônio Reguffe (DF) apresentaram manifesto reivindicando independência e um caminho mais à "esquerda" para o partido. O texto também pede que um dirigente fique no máximo dois anos no cargo.

Hoje o partido tem quatro senadores, 26 deputados federais e três prefeitos de capitais. (Informações da Folha de São Paulo). 

Do Portal Interior da Bahia

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