quarta-feira, 27 de março de 2013

A guerra invisível de Feira de Santana


Por Genaldo de Melo
Uma preocupação latente tem ocupado os juízos dos homens e das mulheres de bem de Feira de Santana a ponto de em diversos espaços de opinião, tanto na imprensa como mesmo nos bairros populares e comunidades rurais todos expressarem esse sentimento. Essa preocupação nasce a partir do momento do crescimento alarmante da drogadição e da violência que passa dos limites do que é considerado ponderável, tanto nos aspectos de prevenção como de combate.

A violência que antes era restrita em quase sua totalidade ao mundo das drogas, que aliás é comprovado esse fato pelo número de mortes entre os personagens pertencentes ao underground do tráfico de drogas, agora começa a mostrar uma face mais cruel atingido personagens inocentes que não fazem parte deste cenário, mas do mundo dos homens e das mulheres de bem.

É estarrecedor quando você vislumbra um quadro em que crianças são vítimas de balas perdidas, quando assaltantes não apenas traumatizam as pessoas com suas armas de grosso calibre e palavras de forte teor psicológico, e ainda em vários casos simplesmente tiram a vida de seres humanos inocentes que nada têm a haver com isso, e mais ainda, quando você ver jovens e adolescentes armados até os dentes dominando literalmente bairros populares inteiros como verdadeiros donos dos metafóricos territórios de guerra.

O que está acontecendo em Feira de Santana é uma verdadeira guerra invisível, aonde a grande maioria da população não sabe mais o que fazer, pois não se pode usar armas para se defender pois pode assim incorrer no risco de matar algum lixo humano e perder grande parte da vida na cadeia. Considerando que boa parte dos bandidos soltos nas ruas, que aterrorizam e são responsáveis pela violência explícita no município acabam soltos em poucos dias porque têm dinheiro para comprar perfume importado e contratar bons advogados criminalistas.

É bom que quem tem responsabilidade administrativa e política pela condução dos rumos de nosso município comece a olhar melhor esse fenômeno, articulando-se com os serviços de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, utilizando melhor a nossa Secretaria de Prevenção à Violência, bem como formulando políticas de prevenção nos bairros populares e em comunidades rurais, ou então estaremos literalmente em algum tempo numa situação pior do que estamos enfrentando no momento.

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