sábado, 10 de dezembro de 2011

Irmão do ídolo Sócrates, Raí deixa uma mensagem: “Vá em paz, meu irmão”


O ex-jogador Raí, irmão de Sócrates e um dos ídolos do São Paulo, deixou uma mensagem de agradecimento pelas homenagens e apoio que a família tem recebido nos últimos dias após a morte do ex-craque do Corinthians e Seleção Brasileira.

Em seu perfil no Facebook, o ex-são-paulino fala da importância de Sócrates em sua carreira e de seu engajamento político. "Para mim, mais que um irmão, ele sempre foi um ídolo, uma referência", diz na nota.

O ex-jogador paraense Sócrates morreu às 4h30 do último domingo aos 57 anos em decorrência de um choque séptico, que ocorre quando bactérias de uma infecção chegam à corrente sanguínea e se espalham pelo corpo.

O ídolo do Corinthians estava internado desde a última quinta-feira na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Albert Einsten, na zona sul de São Paulo, após dar entrada com quadro de infecção intestinal.

Sócrates, sua mulher e um amigo haviam se sentido mal na noite de quinta-feira (1º) após comerem em um evento.

O ex-jogador chegou a ficar internado outras duas vezes entre agosto e setembro, também na UTI, por conta de hemorragias digestivas.

Sócrates era casado e tinha seis filhos. Conhecido como "Calcanhar de Ouro", "Doutor" e "Magrão", era fumante, grande consumidor de álcool e personalidade com visão forte sobre futebol e política.

Além de Corinthians e Botafogo-SP, jogou também pelo Flamengo, Santos e Fiorentina, da Itália. Formado em medicina, trabalhava como comentarista na TV Cultura e colunista do "Agora São Paulo", do Grupo Folha, e da "Carta Capital".

Veja a mensagem completa:

Gostaria de agradecer a todas as manifestações de carinho neste momento difícil para nossa família, com a partida do nosso querido Sócrates.

Pra mim, mais que um irmão, ele sempre foi um ídolo, uma referência.
Como atleta, um gênio, que sempre me inspirou. Como cidadão, um grande orgulho, por seus ideais, sua coragem, postura e engajamento. Como pessoa, um ser único, extremamente verdadeiro.

Ele conseguiu fazer medicina na USP e, ao mesmo tempo, ser um atleta profissional, grande líder da democracia corinthiana, em plena ditadura. Protagonizou as "diretas já" e a redemocratização do nosso país. Foi capitão de uma das melhores equipes de todos os tempos, jogou 2 Copas do Mundo, foi ídolo mundial.

E estes são apenas alguns exemplos do que o Dr. representou para nossa sociedade. Vá em paz meu irmão, sua missão foi muito bem cumprida, mas queríamos muito mais....

Grande beijo meu e de toda sua família, especialmente da nossa maravilhosa mãe Guiomar, que completará em janeiro 91 anos, momento em que celebraremos mais uma vez sua existência"

Por Raí Souza Vieira de Oliveira (Portal Interior da Bahia)

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