sábado, 9 de julho de 2011

De Candeias, berço do arrocha, candor Pablo faz sucesso com fãs e lota shows

Quem visse o baixinho de pouco mais de 1,60 m andando de chinelos por Candeias, a cerca de 50 km de Salvador, talvez não imaginasse o frisson que ele causa nas fãs.


Mas Pablo, 25 anos de idade e 11 de carreira, com sua voz  romântica e olhar penetrante, costuma enlouquecer as mulheres por onde canta. “Quando eu chego no camarim e vejo a galera gritando, pedindo Pablo, dá aquele friozinho no coração”, conta o cantor.

Começa o show e basta um refrão - “Baby, baby, baby, sofro, sonho e choro. 
Baby, baby, baby, oh baby, te adoro. Baby, baby, baby, sem você eu morro. Baby, baby, baby, socorro!”. Por uma hora e meia, todas são de Pablo.

Asas livres

Acostumado a cantar com o pai, o seresteiro Agenor Apolinário, o Bico de Ouro, 50 anos, desde a tenra idade  Pablo  tira de letra a ansiedade.  Na época, ele, que na verdade é também Agenor, era conhecido como Noquinha. “Pablo” foi sugestão de um tenente. “Noquinha não é nome de artista”, alegou o oficial.

Pouco depois do  “batismo”, sua família  se mudou para Sergipe. Ele, porém, queria de todo jeito voltar para Candeias. Então, com uns 12 anos, Pablo pediu aos pais para visitar  parentes na cidade. Foi e não voltou mais.

“Desde criança eu me sentia competente de cair no mundo e me virar”, lembra o intrépido romântico. Em Candeias, vendeu picolé, carregou feira, fez de tudo um pouco. Até que montou dupla com  o tecladista Gilson.

Em 2000, Gilson iria  se mudar para São Paulo, acabando com a dupla. Mas o destino  preparou uma coincidência que mudaria  a vida de Pablo. Calhou que, no show da despedida de Gilson, outra banda, a Asas Livres,  se despedia do seu  vocalista.

Pablo foi para a Asas Livres. O arrocha explodiu na Bahia e foi parar no programa Fantástico, da Rede Globo. “O povo parou de falar ‘vamo pra seresta’. Falava ‘vamo pro arrocha’, devido a essa expressão que eu usava no show, ‘arrocha, arrocha!’”, conta, desvendando a origem do termo.

Com  15 anos, Pablo fazia show de segunda a segunda, até quatro vezes por noite.  Ganhou tanto dinheiro que comprou casa em Candeias para a mãe e um apartamento em Salvador. “Mas também fiz  besteira. Todo mês eu trocava de carro. Nem  sei quantos eu tive”, revela.

Voz romântica

Passados dez anos, depois de cantar também no Grupo Arrocha, do mesmo dono da Asas Livres, há um ano, Pablo criou a  AG Produções, e se lançou como Pablo, A Voz Romântica. O sucesso voltou com tudo.

Se você já escutou por aí alguém gritando “Êêêê... Paixão!”, saiba que foi Pablo quem lançou a moda, sua marca registrada.  Até  em São Luís, no Maranhão, o artista tem seguidores. O estado e Sergipe  são os dois lugares fora da Bahia onde Pablo reúne os  fãs mais apaixonados.

Neste último, ele gravou o primeiro DVD promocional, solo,  homônimo, que pode ser baixado gratuitamente em seu site. Os 14 a 20 shows feitos por mês reúnem públicos que  chegam a 20 mil pessoas.

Quando a pergunta é sobre  o assédio das fãs, “loucura” é a primeira palavra.  Pablo diz: “Eu sou bem privilegiado, né?! As meninas  sobem no palco, rasgam roupa, jogam. Elas tiram calcinha, sutiã, assim, na frente do palco. Já vi várias vezes. Elas vão de saia propositalmente”, conta, com sorriso malandro.

O artista garante, porém, que tudo não passa de “descontração”. Até porque sua voz romântica  já tem  ouvidos oficiais. Casado desde os 14 anos, o precoce Pablo tem dois filhos, um de 4 anos e outro recém-nascido. Fonte: Correio.

Confira vídeo de Pablo abaixo.

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