No seu quarto desafio longe de Salvador, o Esporte Clube Bahia finalmente pontuou como visitante no Campeonato Brasileiro e, ainda que tivesse apresentado condições de trazer na bagagem de Curitiba os três pontos esperados, ficou apenas no empate sem gols com o Coritiba no estádio Couto Pereira em jogo que não faltou correria, pegada e entrega, no entanto, ficou devendo no quesito futebol no seu contexto geral.
Com o resultado, o Esquadrão segue sem vencer fora de casa no Brasileiro e o tabu de 32 anos sem derrotar o Coxa em terras paranaenses se mantém. No entanto, não podemos desmerecer o empate contra o 3º colocado e dono da melhor defesa da Série A, e o primeiro ponto somado como visitante na competição que colocou o tricolor na 6ª posição com 10 pontos, ainda em caráter provisório. Agora é retornar para casa e pensar no Palmeiras, próximo adversário.
Um primeiro tempo bastante corrido e pegado, porém entediante, com raros lances importantes ou fatos interessantes, o único momento empolgante aconteceu nos últimos instantes com Henrique Almeida perdendo gol incrível praticamente debaixo das traves. Fora isso, o Coritiba foi superior e ainda que não tenha dado trabalho ao goleiro Jean foi responsável pelos únicos lances de perigo da etapa inicial.
Novamente com a proposta de fechar os espaços na defesa e apostar nos contra-ataques, o Bahia sofreu um absurdo ofensivamente, o pior primeiro tempo do time na Série A, não criou absolutamente nada e exagerou nos erros de passe, na sua maioria pelo meia Allione. No mais, faltou produtividade e poder de conclusão ao time que sentiu a ausência de um meia armador e um homem de área.
Pelo visto as palavras de Jorginho no intervalo surtiram efeito e mesmo sem mudanças o Bahia voltou melhor para o segundo tempo, com maior posse de bola e domínio conseguiu criar sua primeira boa chance com Mendoza que tirou tinta da trave de Wilson. Aos 25 minutos, o juiz resolveu aparecer.
O atacante Kléber deu uma vergonhosa cusparada em Edson, e inexplicavelmente ambos foram expulsos, deixando o embate ainda mais nervoso. O jogo que era feio, até então, ganhou contornos de dramaticidade e algumas emoções nos minutos finais com os goleiros aparecendo e evitando que as redes fossem balanças, é claro, mais na base do "tudo ou nada" do que pela organização tática apresentada nos 90 minutos.
Do Portal Futebol Bahiano