Trazido do México por volta de 1903, somente a partir do final da década de 1930 o sisal passou a ser visto como uma alternativa econômica. A planta do tipo Agave Sisalana, foi introduzida nos estados da Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte, em virtude das condições climáticas propícias, que requer clima quente e grande luminosidade e é adaptada a regiões semiáridas, por ser altamente resistente a estiagens prolongadas, apresentando estruturas peculiares de defesa contra as condições de aridez. Já no México, se cultiva vários tipos de sisal, em destaque para o Agave Azul que produz a Tequila.
Situação atual de vários campos de sisal. Motores param e leva muita gente ao desespero
Os maiores produtores de sisal do mundo, Brasil, África, China e o México. A Bahia produz 95% do sisal. O município de Conceição do Coité é considerado o polo sisaleiro na Bahia. A cadeia produtiva da cultura do sisal é muito importante porque gera mais 700 mil empregos e renda em toda região.
Analisando o cenário econômico atual do Brasil, onde todos reclamam dificuldades financeiras o Jornal O Sertão, entrevistou três empresários exportadores de sisal, para saber como está o momento atual, da cadeia produtiva do sisal em Conceição do Coité, que outrora foi a grande fonte de geração de rendas para a população do município.
Gilberto Gonçalves de Araújo
A cultura do sisal é considerada o principal negócio da região para gerar rendas como está o momento atual do sisal?
Gilberto Gonçalves Araújo
Gilberto – O sisal hoje está em grande dificuldade em função da seca, sendo hoje o grande empecilho para a cultura do sisal, o segundo fator agravante foi quando há três ou quatro meses com a recessão mundial, a China que compra 40% do nosso produto, retraiu-se e não comprou mais nada. Inclusive, algumas empresas grandes da China pararam de funcionar, suspendendo todos os contratos com exportadores, chegando a baixar os preços de seus produtos para não concretizar o decreto do PIB (Produto Interno Bruto), então quando este principal cliente se retrai, “quando a china se gripa e espirra, molha o mundo todo” trava todo mundo”.
O negocio do sisal sobrevive de exportação, com as constantes altas do dólar, melhora ou piora para o produtor?
Gilberto – Com relação à alta do dólar melhorou para quem já tinha vendido o sisal, sem tomar adiantamento de Câmbio, foi bom para quem vendeu agora e tinha sisal estocado, pois, a moeda é muito volátil, hoje o dólar pode estar custando R$ 3,50, amanhã pode baixar para R$ 3,17, por conta destas consequências políticas do nosso país, reflete na carta de crédito, e os investidores ficam desconfiado, então o dólar fica oscilando, porque a nossa economia é muito inconstante, e depende muito de política, pois é quem faz a economia. Então qualquer probleminha que tenha em nível de governo, com esta “pendenga” de tira presidente de câmara, ameaça de impedimento a presidente do Brasil, então, esta “maracutaia” toda o dólar oscila para cima ou para baixo, então para o Brasil normalizar a situação econômica, primeiro precisa normalizar a política.