Após uma missa na igreja São Francisco de Borja, em São Borja, o esquife com os restos mortais de Goulart, o Jango, foi levado para o cemitério Jardim da Paz. O segundo sepultamento do ex-presidente foi concluído por volta das 17h05.
A missa, que acabou pouco antes das 16h30min, foi antecedida por uma verdadeira procissão de pessoas que queriam prestar homenagem diante do caixão de Jango.
Após a missa, houve discursos do prefeito da cidade, Farelo Almeida, da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, do senador Pedro Simon e de um dos filhos de Jango, João Vicente.
Cortejo até a igreja mobilizou a cidade
Em cerca de 45 minutos, o cortejo dos restos mortais do ex-presidente João Goulart percorreu o trajeto entre o aeroporto de São Borja e a igreja São Francisco de Borja, no centro da cidade.
No percurso, muitas pessoas acompanharam o deslocamento do caixão em um caminhão do Corpo de Bombeiros. Nas esquinas, calçadas, janelas e muros das casas, a população observou a passagem do cortejo e se dividiu entre os que apenas observavam respeitosamente e os que aplaudiam. Muitos filmavam com aparelhos de celular.
Não somente adultos e pessoas mais velhas acompanharam o deslocamento do caixão, mas também muitas crianças. A igreja estava totalmente lotada quando o caminhão de bombeiros chegou ao final do percurso.
Um dos momentos de emoção foi quando o esquife, coberto com a bandeira do Brasil, foi colocado sobre cavaletes em frente ao altar da igreja, para aguardar a missa. Houve muitos aplausos e um coro de "Jango! Jango! Jango!"
Quando a família subiu os degraus da entrada da igreja ao lado do caixão, a população que os cercava aplaudiu. Um dos filhos de Jango, João Vicente, acenou e agradeceu o carinho. Dentro da igreja, as pessoas formaram uma longa fila para se aproximar do caixão. Ao chegar lá, elas tocavam o esquife, faziam sinal da cruz, davam gritos com saudações e manifestações políticas.
João Vicente afirmou que já esperava a recepção calorosa da população de São Borja. Ele disse que o ex-presidente sempre contou com apoio na sua terra natal. E também afirmou que, em 2014, quando se completam 50 anos do golpe militar que tirou seu pai do poder, o Brasil deveria fazer uma análise e retomar as reformas de base propostas pelo líder trabalhista. (Informações do jornal Zero Hora).
Do Portal Interior da Bahia