sexta-feira, 15 de abril de 2016

Governadores tentam ajudar conter impeachment; documento de Lula com 186 assinaturas anima governistas

Na reta final do esforço do governo para conter o impeachment da presidente Dilma Rousseff, governadores do Nordeste intensificaram o contado com as bancadas de seus Estados. Representantes de ao menos quatro Estados estão na missão por telefone ou em conversas pessoais, em Brasília.

"São os governadores do nosso campo", disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), vice-líder do governo e um dos articuladores do Planalto na Câmara. Na lista de governadores estão Flávio Dino (PCdoB-MA), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI) e Ricardo Coutinho (PSB-PB).

Dino contou que já vem conversando com os deputados mais próximos desde o ano passado, mas que, nos últimos dias desta semana, começou um "esforço mais intensivo" por telefone. Disse já ter conversado com metade da bancada maranhense, formada por 18 deputados.

"Mostro as graves consequências para o País deste salto na escuridão. Apelo à racionalidade e ao bom senso. Este foi o governo eleito", afirmou Dino.

Coutinho disse que aproveitou agendas institucionais em Brasília para agendar conversas com parte dos 12 deputados paraibanos. "Não me sinto no direito de fazer pressão. Expresso o meu ponto de vista. Minha posição é clara e nítida. Minha história não me permite participar de golpe", disse o governador da Paraíba.

Governo comemora documento de Lula
Apesar dos problemas enfrentados no PP, PSD e PMDB, além de outras baixas avulsas, o Palácio do Planalto comemora o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter conseguido um documento com a assinatura de 185 deputados, 13 a mais que o mínimo necessário, dispostos a barrar o impeachment na Câmara.

Mesmo reconhecendo que a situação atual é "crítica" e que os números estão oscilando a cada hora, para baixo e para cima, todo o governo está empenhado em buscar votos no varejo. A própria presidente Dilma Rousseff vai dedicar boa parte da tarde para contato com os parlamentares. O governo teme o que está chamando de "onda negativa", que estaria crescendo.


Embora haja quem diga que os números "estão piorando", oficialmente o governo tenta mostrar que tem os votos para derrubar o impeachment. Um dos interlocutores da presidente informa que não seria bom divulgar a lista dos 185 que apoiam o governo, para que a oposição não tente cooptá-los. (UOL/Hoje em Dia).

Do Portal Interior da Bahia

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